quarta-feira, 30 de maio de 2007

Música pra doido #46 (Maio/2007)

01.The National - Apartment Story
02.dean_wareham_and_britta_phillips-words_you_used_to_say
03.we all have hooks for hands - hold on, c'mon
04.beastie_boys-intergalactic_(sever_and_hoffman_remix)
05.dolorean-heather_remind_me_how_this_ends
06.Freeheat- Down
07.grant-lee_phillips-chain_lightning
08.the Honorary Title - Stay Away
09.page_france-heres_a_telephone
10.beastie_boys-shake_your_rump_(madlib_remix)-ftd
11.Club Silêncio – Cibelle
12.Dan Deacon- Okie Dokie
13.Disco Alto – parque
14.Sestine-GrandesLugares-comuns
15.The National - Mistaken For Strangers
16.The National - Fake Empire
17.The National- Black Slate

Grant Lee Phillips "Soft Asylum (No Way Out)"


disco alto - isadora/doris day

sexta-feira, 25 de maio de 2007

resenha: Motormama

MOTORMAMA – “A Legítima Cia Fantasma” (Midsummer Madness/Pisces – 2007)

Essa banda vem de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, e há 10 anos atrás se chamava Motorcycle Mama, nome tirado de uma música de Neil Young. O som grunge pesado em inglês ficou pra trás e o nome foi abreviado, mas a essência independente continua a mesma. Fazem uma espécie de punk rock caipira com letras nonsense e melodias pegajosas, e já lançaram alguns discos com boa repercussão. Um selo carioca e outro paulista dividem o lançamento do novo trabalho, que tem como destaques a bela arte e as músicas “Hey Vaqueiro”, “São José do Bangue-Bangue” e “Blues do Sapo Caolho”. Contatos: motormama@netsitemail.com.br ou http://www.motormama.com.br/

segunda-feira, 21 de maio de 2007

resenha: Wahhh







Depois do sucesso canadense de grupos compostos por um punhato de integrantes, como Arcade Fire e Broken Social Scene, de bandas como nomes extensos, virou moda agora ser esquisito, ter muita gente na banda e tentar soar diferente.Esse WAHHH é americano, lança seu primeiro disco e segue a mesma fórmula acima, tendo nove pessoas na banda, vendendo bizarrice e entregando clichê. "The Pretender" não é ruim, tem boas canções, destacando "oh i'd expect" e "hold on, c'mon", porém não é essa coca cola toda.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

resenha: THE GLORYBOX OF SOUNDS

THE GLORYBOX OF SOUNDS – “Glorybox Of Sounds” (EP/Demo – 2006)
Banda das mais novinhas da cena sergipana, a Glorybox ainda está pegando as manhas no palco mas o primeiro trabalho de estúdio já aponta um futuro promissor, com senso pop apurado nas melodias e arranjos bacanas nas quatro músicas. “It Just Depend On Us” é o melhor exemplo, com refrão forte e ótima melodia de Sarah, a vocalista, em dobra com um dos meninos. A gravação não é um primor mas funciona, deixando bem clara a proposta do jovem grupo. Ouça em www.myspace.com/thegloryboxofsounds e comprove. Contatos: pride147@uol.com.br ou 3246-1455 (Igor).

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Sestine


Agora é noite, bem tarde mesmo, reservado aqui entre o frio do planalto e o calor de minhas princesas, transito ao som de canções calmas, conduzindo com romantismo as alegrias que só conseguem ser deleitadas aos pouquinhos, sentindo casa respiração, cada movimento....o amor.Esta é a sensação primeira ao ouvir o inédito Sestine , banda nova aos meus aos meus ouvidos, escutando "Grandes Lugares Comuns". O senhor f.rosa me recomendou essa banda, como quem já sabia o impacto que me causaria.Aposta certeira, meu caro.
Sestine é de Brasília, formada por Marcelo Freitas( bateria), Márcio Porto( voz, violão e guitarra), Thiago Soares(guitarra) e Tiago França (baixo), grupo que teve seu origeml em 2002, possuem no curriculo o EP A Idade da Seresta(2003), Carros-Fantasma e As Engrenagens (2007). Musicalmente falando esses Brasilienses transitam muito bem no folk,casado com o britpop(percebe-se nítida influencia de gente boa como Radiohead e Doves) e endossados por letras em português muito bem elaboradas no melhor jeito inglês de escrever. Hits certos, merece aparecer bem mais e ser bem ouvida.Faz bem a alma.
Sestine - "W2"

terça-feira, 15 de maio de 2007

resenha: superquadra


SUPERQUADRA - "Tropicalismo Minimal" (Bolacha Discos, 2007)
O nome já entrega né? sim, esta é uma banda de Brasília e, diferentemente das novas do cenário brasuca, a marca da Superquadra é a maturidade. Claudio Bull e Wilton Rossi , lastreados pela estrada independente com a DIVINE, formaram a Superquadra buscando uma visão eletrônica aliada a veia rock.Após várias formações, a banda encaixou a atual formação: Cláudio Bull: vocal, letras e percussão / Jeferson Barbosa: bateria / Badá Betomax: baixo / Zepedro Gollo: teclado, guitarra e programações / Marcelo Pozi: guitarra / Gustavo Rosa: teclado e guitarra.

Convictos de sua proposta, gravaram esse "Tropicalismo Minimal" com recursos próprios e lançaram o disco no formato SMD pela gravadora Bolacha Discos e acompanham agora o fruto desse esforço. O disco é um caso à parte na atual safra de novos grupos , agregando belissima produção, pique juvenil, canções caprichadas e costuradas por ótimas letras. Então é isso, batidas eletrônicas, canções de amor e riffs seguros de guitarras. Este é o cardápio, fácil de ser digerido. Das 11 canções, saltam aos olhos "2,3 baladas", mais uma dessas aventuras urbanas que povoam o dia a dia de nossa sociedade. "Atrântico" é forte, dançavel e faz bem aos ouvidos com sua ótima letra. "As histórias de amor sempre acabam", "Raios Ultravioleta" e "Saída Sul", carregam a mesma força: melodias ganchudas, pop, romanticas e de refrões pegajosos.

Transitando no rock alternativo e a dance music, a Superquadra faz parte de uma leva de artistas que encaram o rock com o vigor das pistas e dançam esta música com a veia roqueira, disseminados por uma poesia bem elaborada e consciente, longe das inquietações frívolas de muitos jovens.Eis então um disco coeso, maduro, onde o fio condutor é o amor, em seus formatos mais tristonhos, cercados de descaso e desilusão, tão presentes em nossa sociedade e tão urgentes como quem ansei pelo prazer carnal.Belo disco.
Superquadra - Saída Sul

segunda-feira, 7 de maio de 2007

resenha: Dean & Britta


Dean & Britta Back Numbers(2007)

A parceria de Dean Wareham( Luna) and Britta Phillips é antes de mais nada um bonito casamento, celebração ao amor entregue a nós sob a forma de pop song, classudas e poderosas. “L´aventura” foi o início desse projeto, que chega agora com outro belíssimo disco. “Back Numbers” é assim: calminho, conduzido pelas vozes também calmas e compassadas da dupla em questão e recheadas de amor. “Words you used to say” é conduzida por Dean, típica canção a ser ouvida em um dia frio, para deleitar-se a dois, numa combinação romântica, celebrando a felicidade,aquecendo-se e viajando.Em “you_turned_my_head_around” é a vez de Britta destilar emoção, sutileza e paixão.Outros destaques são “Me & My babies” e “Crystal Blues”.Além de belas vozes, destaca-se o poder das melodias, bem construídas, sutis e fortes.Enfim, disco para ser deleitado aos poucos, deitado a dois e a dois passos da felicidade.Lindo disco!!!Words you used to say




domingo, 6 de maio de 2007

resenha: The National



The National - The Boxer (Beggars Banquet, 2007)


O EP "Cherry Tree" de 2004 foi meu primeiro contato com a banda.Dali saiu "All The Wine", melhor canção do aclamado "Alligator". Formado por Scott e Bryan Devendorf, Aaron , Bryce Dessner e Matt Beringer, o grupo nasceu em Nova York na virada dos anos 1990/2000, têm no curriculo três grandes discos e comparecem em 2007 com um forte canditado a disco do ano.A voz de Matt Beringer é um cruzamento perfeito da tradição soturna/dolorosa de Nick Cave, Stuart Staples e Ian Curtis. Passeando em canções conduzidas por Piano e cordas , sua voz sombria e dolorosa transmitem reflexão, transmitem tristeza, transmitem força. Particularmente acho esse novo disco o mais forte e consciso.Aqui suas influências são muito bem condensadas."Fake Empire" segue a tradição Leonard Cohen, com mais ritmo e uma levada encantadora."Mistaken For Strangers" é puro anos 80 e tem um poder que o Interpol até hoje não conseguiu imprimir."Apartment Story" é Joy Division turbinado. "Slow Show" tem uma levada fabulosa, com uma força instrumental impressionante.Ainda tem a bela "Brainy","Star a War"..enfim...um punhado poderoso de canções para um disco vigoroso e definitivo.Este é o disco que o Tindersticks deveria ter feito, o que o Interpol tentou fazer, é digno de um Joy Divison...é um disco do The National, pois esses caras possuem grandes referências....mas tem identidade bem definida.Identidade e qualidade, vale ressaltar.





sexta-feira, 4 de maio de 2007

Música pra doido#45(Abril/2007)

01.The Ripps - Holiday (03-30)
02.Marnie Stern- absorb those numbers
03.A Sunny Day In Glasgow- the horn song
04.Aqueduct - broken records
05.Modest Mouse – education
06.Patrick Wolf- get lost
07.Tarwater - Arkestra
08.the_red_krayola-it_will_be_(delivered)
09.Panda Bear- comfy in nautical
10.blonde_redhead-silently
11.Future Clouds and radar- Green Mountain Clover
12.black_rebel_motorcycle_club-cold_wind
13.dalek-stagnant_waters
14.Seabear- Libraries
15.Raimundos- Carro Forte
16.Sodapop - Glad to go
17.Aqueduct - living a lie
18.Modest Mouse - fly trapped in a jar
19.blonde_redhead-spring_and_by_summer_fall

black_rebel_motorcycle_club


Seabear

quinta-feira, 3 de maio de 2007

resenha: Los Porongas

Los Porongas - "Los Porongas" (SenhorF Discos,2007)
É fato que o rock precisa de espaço para criar e quanto mais presente em diversidades regionais, melhor para todos. O rock do norte brasileiro precisa ser melhor apreciado, o rock do norte tem tudo para mostrar talento e força.Graças a festivais como Festival Varadouro e graças ao selo/revista Senhor F esse cenário já tem um referencial e começa a ser descoberto por todos nós.Dessa região, especificamente do Acre, vem o Los Porongas.Esses candeeiros da amazônia, respaldados pelo grande sucesso em shows no circuito Acre-Rondonia, o grupo vem conquistando um séquito de admiradores e hoje é tido por muitos da imprensa como forte promessa no cenário musical brasileiro.

Los Porongas é formada por Diogo Soares (vocal e letras), João Eduardo (guitarra), Márcio Magrão (baixo) e Jorge Anzol (bateria),esta na ativa desde 2003, seu primeiro disco foi Enquanto Uns Dormem, um single com 8 faixas lançado em 2005 pela Catraia Records.Cartão de visita pronto, participaram de um punhado de festivais, ganharam a admiração também pela força de suas apresentações e finalmente assinaram com o selo Senhor F. E o selo de Fernando Rosa novamente acertou , pois de lá pra cá a banda tem passado por uma crescente aparição na mídia, sempre municiados de elogios, sequência de shows pelo Brasil, participação em grandes festivais e prontos para alçarem vooes mais altos.

'Los Porongas' é o oitavo lançamento da Senhor F Discos, foi gravado e produzido por Philippe Seabra. Com esmero na arte da capa, produção caprichadissima....o som do grupo foi multiplicado e consegue espelhar o que é a banda ao vivo. São onze canções, paltadas por uma cozinha bem treinada e forte, vocal seguro de Diego e conduzidas com esmero por letras de cunho poético.Musicalmente a banda me remete aos saudosos anos 70/80.Num cenário atual onde ser engraçadinho, esquisitinho, tristinho soa mais alto....o som do deses candeeiros é um diferencial, ponte forte por fazerem rock básico, com letras bem elaboradas, com reforço de pitadas regionalistas. Guitarras e baterias fortes, em canções assobiaveis, ora acenando por rifs hard rock, ora remetendo ao glorioso rock brasileiro da década de 80 e com um jeitão nas letras tipico de sua região.Sintetizam bem essa urgência local por um casamento entre a tradição e o olhar no futuro. Destaques para "Nada Além", "Tudo ao Contrário" e "Suspeito de Si".Bela estréia.Com esse disco, imediatamente me veio a mente um disco brasuca do inicio da década de 90 com a mesma veia e maior regionalismo nas canções, a estréia do Jorge Cabeleira e o Dia em Que Seremos Todos Inúteis.
músicas :
01 - Esperlho de Narciso
02 - Lego de Palavras
03 - Nada Além
04 - Enquanto Uns Dormem
05 - Tudo ao Contrário
06 - Não Há
07 - Subvertigem
08 - Suspeito de Si
09 - O Escudo
10 - Como o Sol
11 - Ao Cruzeiro


Dado Villa Lobos e Los Porongas - Mais Do Mesmo

resenha: blonde redhead

Blonde Redhead - "23"

O Blonde Redhead é uma japonesa, dois gêmeos italianos, vindos de Nova York, cantando em inglês e remanescente da década de 90.Já foram da gravadora 4AD,da gravadora Touch & Go, fizeram muito noise, aprontaram pra caramba em discos urgentes e contagientes.Nas costas tem um disco já antológico, o ótimo "melody of certain damaged lemons" ,lançado em 2004.Assim o tempo passou, ganharam admiradores no meio alternativo e maturidade.Eis que em 2007 lançam "23", um disco divisor de água na carreira do grupo.Disco mais consistente e flexível, atiram o pop, no shoegazer e não perdem a peteca. Sem o brilhantismo do disco anterior, é o disco para a banda alçar vôos mais altos em termos de público.Uma das grandes apostas para disco do ano.Destaques para a faixa título e "Silenty".

quarta-feira, 2 de maio de 2007

resenha: Modest Mouse

Modest Mouse -We Were Dead Before the Ship Even Sank(2007)

Já não estamos mais nos anos 90, a banda não é mais a queridinha do mundinho alternativo, seu som não parece mais tão desafiador como outrora.Ora ora isso é verdade, entretanto, o caminho percorrido pela banda no circuito underground até sua fase atual os credenciam a novos rumos, e nesse caso acertaram no molho. Bem indicado para iniciantes na banda, recomendados para antigos fãs, "We Were...." é bem mais consistente que o antecessor, acerta é ótimas canções pop "“Dashboard” e na bela "Education".Belo disco.
FAIXAS:
01. March into the Sea
02. Dashboard
03. Fire It Up
04. Florida
05. Parting of the Sensory
06. Missed the Boat
07. We’ve Got Everything
08. Fly Trapped in a Jar
09. Education
10. Little Motel
11. Steam Engenius
12. Spitting Venom
13. People as Places as People
14. Invisible

terça-feira, 1 de maio de 2007

resenha: Aqueduct

Aqueduct - Or Give Me Death (Barsuk,2007)

Aqueduct é um one-man band , leia-se David Terry, vindo de Tulsa. Aficcionado por pop songs, é influenciado pelo Beach Boys e Weezer.Traçando um paralelo do seu som, é algo como o que o Death Cab For Cutie faz, ou seja, pop song, tristonhas e açucaradas. Este é seu terceiro disco, antes havia feito "Power Ballads" e "I Sold Gold". O som do Aqueduct é um rock formatadinho, tudo no seu lugarzinho, bem ajustado, bem arrumadinho...instrumentos bem organizados e distribuidos.A principio não gosto de toda essa organização, mas isso é um ponto forte aqui, pois consegue extrair boas canções, um caldo certeiro. Destaques para"broken records" e "living a lie".